No dia 8 de março, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) tornou-se palco de um marco histórico com a posse da Procuradora-Geral do Ministério Público junto ao TCU Cristina Machado como presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas (CNPGC). Este evento, ocorrido em uma data tão emblemática como o Dia Internacional da Mulher, foi apenas o início de uma jornada repleta de diálogos inspiradores e reflexões profundas sobre o protagonismo feminino e seus desafios.

Após a cerimônia de posse, o evento contou com a presença e participação de notáveis lideranças femininas do setor público, que, sob a condução da renomada jornalista Giuliana Morrone, compartilharam suas experiências, visões e desafios enfrentados por mulheres em posições de liderança.

Celina Leão, Vice-Governadora do Distrito Federal, destacou o preocupante encolhimento dos espaços de poder feminino nas decisões cruciais do país, ressaltando a ausência de mulheres no parlamento, no Supremo e nos tribunais superiores. Manuellita Hermes, Procuradora Federal e Coordenadora-Geral de Assuntos Internacionais e Judiciais da Consultoria Jurídica do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, enfatizou a importância não apenas de conquistar espaços, mas sobretudo de permanecer neles. Cibelly Farias, Procuradora-Geral Adjunta de Contas do Ministério Público de Contas do Estado de Santa Catarina, abordou as disparidades de gênero na administração pública, apontando para as barreiras que surgem com o tempo, mesmo diante de um plano de carreiras e salários que preconiza igualdade. Raquel Dodge, Subprocuradora-Geral da República, fez uma reflexão poética e crítica sobre a histórica discrepância entre os direitos e liberdades das mulheres e as leis criadas por homens.

O encontro não foi apenas uma celebração do Dia Internacional da Mulher, mas também um momento de aprendizado coletivo e inspiração. As falas das participantes ecoaram a necessidade urgente de reformas estruturais e de uma mudança de mentalidade, tanto dentro quanto fora das instituições, para garantir que o protagonismo feminino seja reconhecido, valorizado e, acima de tudo, efetivo.

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